
Um dos pioneiros da Inteligência Artificial (IA), Geoffrey Hinton, considerado o “padrinho” da IA, decidiu despedir-se da Google, esta segunda-feira, onde estava desde 2013.
Aos 75 anos, Geoffrey Hinton reformou-se para “poder falar sobre os perigos da inteligência artificial, sem ter de considerar o impacto que terá na Google”, disse o próprio, na rede social Twitter.
O “padrinho” da IA considera que a aplicação e desenvolvimento das soluções atuais de Inteligência Artificial generativa representam uma ameaça para a Humanidade. “Basta olhar para como estava há cinco anos e para como está agora. É diferente e propagou-se. É assustador”, disse Hinton ao jornal The New York Times.
Em 2012, Hinton e dois alunos seus criaram uma rede neural que, na prática, ensinou os computadores a analisar milhares de fotografias para conseguirem reconhecer, só a partir desses dados, os objetos que faziam parte dessas imagens, como animais, carros ou plantas. Um dos dois alunos, Ilya Sutskever, é hoje uma das figuras de proa na OpenAI, a empresa que está por trás do famoso ChatGPT.
Hinton considera que um dos principais riscos associados à evolução da IA é a perda de postos de trabalho, em cargos como assistentes pessoais, tradutores ou consultores.