Um conjunto de artistas finlandeses lançou uma petição para banir Israel da edição deste ano do Festival da Eurovisão devido aos crimes de guerra em Gaza e já conta com quase 30 mil assinaturas. O festival acontece em Malmö, na Suécia, de 7 a 11 de maio deste ano.
A União Europeia de Radiodifusão (UER) já baniu a Bielorrússia da competição em 2021 por questões de violação da liberdade de imprensa na emissora responsável pelo festival no país e a Rússia, em 2022, pela invasão à Ucrânia.
A Finlândia pediu ação da UER e ameaçou que se Israel não for banido o país poderá desistir da participação no evento. Na Suécia, país anfitrião, a petição já registou mais de mil assinaturas, entre elas músicos, bailarinos e profissionais ligados à cultura.
Os artistas suecos lançaram um comunicado, publicado no jornal sueco Aftonbladet, constatam que a Eurovisão nasceu como um projeto de paz e união através da música e que a participação de Israel mina os valores da competição e pode enviar “também o sinal de que os governos podem cometer crimes de guerra sem consequências”.
“O facto de os países que desrespeitam o direito humanitário serem bem-vindos a participar em eventos culturais internacionais banaliza as violações do direito internacional e torna invisível o sofrimento das vítimas”, pode ler-se no comunicado.
A UER já reagiu e disse à revista Vulture que está “empenhada em garantir que a Eurovisão continua a ser um evento não-político, onde são os artistas que competem entre si, não os governos”.