Uma investigação da Universidade de Norte Dame, nos Estados Unidos, vem abalar o conceito de papel de género na pré-história, referindo que as mulheres não só caçavam como teriam melhor fisionomia para atividades de caça.
Segundo o artigo, publicado na American Anthropologist, a razão prende-se no estrogénio e na adiponectina, hormonas que permitem às mulheres ter uma performance atlética mais elevada.
Cara Ocobock, uma das investigadores explicou que estas hormonas permitem ao corpo modular a glicose e a gordura e “uma vez que a gordura contém mais calorias do que os hidratos de carbono” ocorre uma “queima mais longa e lenta, o que significa que a mesma energia sustentada pode mantê-lo ativo por mais tempo e retardar a fatiga”. Também o estrogénio contribui para a saúde cardiovascular e metabólica e para o desenvolvimento cerebral e de recuperação de lesões.
O estudo concluiu ainda que os fósseis de mulheres pré-histórica apresenta os mesmos tipos de lesões e a mesma taxa de desgaste que os homens.
O objetivo das investigadores não é alterar a história, mas “alterar a ideia de uma inferioridade física feminina que tem existido durante tanto tempo”.