Um casal de bombeiros e o filho de um ano estão a viver há três meses no quartel da corporação de bombeiros da Ajuda, em Lisboa, devido à falta de pagamento de salários desde novembro do ano passado. Família deixou de conseguir pagar renda em Oeiras e esteve prestes a ser despejada do quartel.
O bombeiro, que não quis ser identificado, revelou ao JN que receberam ordem de saída pela direção da corporação que foi mais tarde negada pela presidente da instituição. “Como suspendemos o contrato de trabalho para ter acesso ao subsídio de desemprego, fui informado que se não trabalhamos, temos de sair do quartel. Questionei diretamente a presidente e ela negou, deixando-nos continuar aqui até arranjarmos uma casa”.
O filho de um ano vai ainda ter de sair da creche privada por falta de pagamento da mensalidade.
A corporação da Ajuda deixou de pagar os salários aos 15 bombeiros não voluntários do quartel devido a um litígio judicial que levou ao congelamento das contas. A situação foi denunciado ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e os 15 bombeiros assalariados suspenderam no final deste mês os contratos de trabalho.
As juntas de freguesia da Ajuda e de Alcântara têm ajuda com os bens essenciais.