A família de Avelina Ferreira, a idosa de 73 anos que desapareceu do hospital em dezembro e foi encontrada morta esta semana em Lisboa, já avançou com uma “queixa-crime contra incertos”.
Segundo João Medeiros, advogado que representa a família, em declarações ao Notícias ao Minuto: “Temos noção de que efetivamente a negligência foi o ponto de vista hospitalar, mas não temos noção se foi a pessoa A, B ou C. Não sabemos quem emitiu as regras de não acompanhamento, nem quem tinha as responsabilidades naquele dia. Portanto o que vamos fazer é entrar com um processo contra incertos. Em função das provas obtidas no decurso dessa investigação, que será obviamente feita pelo Ministério Público, poderemos direcionar a queixa contra quem de direito”.
O Hospital São Francisco Xavier já se pronunciou, em comunicado, e apresentou condolências à família e amigos da idosa, recordando que, aquando do desaparecimento “foram muitos os profissionais de saúde da Instituição que se juntaram e participaram ativamente nas buscas da utente às imediações do Hospital”.
Avelina Ferreira, de 73 anos, sofria de demência e desapareceu em dezembro depois de ter sido apanhada pelas câmaras de vigilância a sair do Hospital. O marido foi impedido de acompanhar a idosa às urgências e ficou sete horas à espera fora do hospital, até descobrir que a esposa tinha desaparecido.