Esta sexta-feira é dia de greve na função pública, convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, que espera-se gerar fortes perturbações, em especial em escolas, hospitais e serviços administrativos.
O líder da Frente Comum, Sebastião Santana, garantiu, em declarações à agência Lusa, que os efeitos começaram a sentir-se durante a noite desta quinta-feira com os hospitais e a recolha do lixo. Esta sexta-feira de manhã o coordenador declarou à imprensa, junto à Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa, que “estamos perante uma das maiores greves dos trabalhadores da administração pública, central, regional e local, de alguns anos a esta parte”.
Os sindicatos dos professores e pessoal não docente manifestaram a sua adesão ao protesto esperando-se, portanto, que várias escolas por todo o país estejam encerradas. Os funcionários responsáveis chegaram aos 90 e 100% de adesão em algumas zonas que já estão a sofrer perturbações.
O objetivo da greve foca-se no aumento dos salários em 2024 e a recusa a aceitar a proposta do Governo que, segundo a Frente Comum, é “miserabilista”. A proposta apresentava um aumento de 3% nos salários do próximo ano, mas os sindicatos reivindicam um aumento dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150€ por trabalhador.