Todos os dias, voluntários e ativistas dos direitos dos animais da Buriácia, república russa no Leste da Sibéria, levam cães ao colo até à estação de comboios de Ulan-Ude para os retirar da cidade e evitar a morte certa dos animais após uma lei que permite eutanasiar animais errantes ser aprovada.
A lei permite às autoridades regionais instalar abrigos temporários Estes voluntários estão a pôr cães da Sibéria em comboios para os salvar da morte certa onde os animais errantes que sofrem de doenças, cães considerados “socialmente perigosos” e os que não são procurados há 30 dias podem ser eutanasiados.
“Em Buriácia temos um problema com animais errantes, porque as pessoas vivem, na sua maioria, em casas próprias, mas não há cultura de tratar os animais com responsabilidade e ninguém está a trabalhar junto da população para mudar isso”, declarou Nargiza Muminova, gestora do canil da Buriácia, em exclusivo ao jornal Público.
A crescente população de animais errantes, sem chips e abandonados, e os ataques a humanos que foram registados e que levaram á morte de um menino de oito anos, levou o governo a implementar novas regras radicais das quais os ativistas estão a tentar salvar os animais e já conseguiram retirar cerca de 150 animais da região.