A greve histórica dos argumentistas que fez parar Hollywood há mais de cinco meses pode estar a chegar ao fim. O Writers Guild of America (WGA), sindicato americano dos argumentistas, anunciou, este domingo, em conjunto com a AMPTP, grupo que representa as plataformas de streaming e os estúdios, que as duas partes chegaram a acordo.
Segundo o comunicado enviado aos membros da WGA, o acordo “foi possível graças à solidariedade duradoura dos membros do WGA e ao apoio extraordinário dos sindicatos parceiros que se juntaram aos piquetes durante mais de 146 dias”. O acordo tem uma validade de três anos e foi possível graças a uma maratona de cinco dias de negociações, mas ainda carece de aprovação pela liderança e membros da WGA antes do fim oficial da greve.
No entanto, as produções continuam afetadas pela greve dos atores que se mantém e ainda não retomou negociações. O sindicato dos atores, SAG-AFTRA deu os seus parabéns ao WGA em comunicado e apelou aos “CEO [presidentes executivos] dos estúdios e plataformas e a AMPTP a voltarem à mesa e fazerem um acordo justo” para os seus membros.
As greves dos argumentistas e dos atores iniciou-se, entre outros motivos, para evitar que os estúdios utilizem inteligência artificial para substituição dos seus cargos. Os protestos que se iniciaram a 2 de maio deste ano já custaram cerca de 5 mil milhões de euros ao estado norte-americano da Califórnia, segundo dados do Milken Institute.