Nininho Vaz Maia, tem origem cigana e cresceu no bairro da Picheleira, em Lisboa, junto da comunidade. Na altura, o pai estava preso, e o facto de crescer num bairro torna difícil não seguir por maus caminhos. Mas graças a um projeto de integração social, conseguiu ficar longe disso.
“Sem o acompanhamento daqueles profissionais, o mais provável era sair da escola e andar pelas ruas a fazer porcaria, a roubar”, partilhou o artista, citado pelo SIC Notícias.
Avelino Abel Vaz Maia nasceu em fevereiro de 1988, filho de pai cigano. O bairro onde cresceu foi onde os pais se conheceram e onde cresceram juntos. Os dois estão juntos desse os 11 anos de idade. “Gosto muito da história deles”, disse Nininho, citado pela SIC Notícias.
O verão era a época do ano mais aguardada pelas crianças do bairro. Era nesta altura que podiam sair e ir conhecer outras cidades. “O meu pai estava preso e o pai do meu amigo também, e não tínhamos como ir para outro sítio. Participar no projeto era a única forma de não passarmos as férias fechados no bairro”, explicou, citado pela SIC Notícias.
O artista deixou a escola aos 16 anos e na altura pensava em ser jogador de futebol. Mas depressa, descobriu um futuro no mundo da música. Em 2014, foi descoberto, quando publicou um vídeo nas redes sociais, a cantar, tocar guitarra, e com uma pulseira eletrónica. Estava em prisão domiciliária.
Identifica-se com a cultura cigana, na qual foi criado. Mas no que toca ao “temperamento”, já não é bem assim. “Nós somos criticados, mas também criticamos muito. Dizemos que não existe aceitação, mas não nos conseguimos integrar. O povo cigano está demorado a evoluir. Faz parte da nossa cultura, somos muito fechados”, afirma o artista, citado pela SIC Notícias.