A jogadora profissional de bilhar portuguesa Alexandra Cunha gerou uma onda de críticas nas redes sociais após declarar, em entrevista ao The Telegraph, que “não há qualquer justiça em permitir que homens biológicos joguem na liga feminina”, acrescentando que se recusa a jogar contra alguém “que tenha uma maçã de Adão numa categoria feminina”.
A campeão mundial por 14 vezes declarou que a modalidade tem sido afetada ao longo dos anos pela inclusão de mulheres transgéneros que, segundo a jogadora, têm todas as vantagens que lhes permitem dominar as mulheres biológicas”.
A Fundação Mundial de Bilhar mudou recentemente as regras relativas à participação de jogadoras transexuais em torneios femininos, com o intuito de pôr fim à discriminação por identidade de género. Esta medida não foi bem recebida pelas jogadoras da modalidade que numa semana, cerca de 60 mulheres, uniram esforços para se oporem à mudança.
A jogadora portuguesa mencionou a declaração feita por Harriet Haynes, jogadora transgénero que afirmou que em desportos de precisão como bilhar e snooker não há diferença de géneros, contrariando-a. Alexandra afirmou que “os jogadores nascidos homens têm braços mais compridos e um maior alcance”, acrescentando ainda que em toda a sua carreira alguma vez viu uma “mulher biológica com uma potência e uma velocidade semelhantes no que diz respeito ao remate de rutura”.
A jogadora não acredita que as mulheres transgénero deveriam competir com os homens, mas sim apoia a ideia da criação de uma nova categoria para pessoas nestas situações: “precisamos de uma nova categoria, seja ela mista ou aberta ou com outro nome qualquer”.