Uma professora no estado norte-americano do Texas foi demitida sob acusações de convidar os alunos a ler passagens explícitas do Diário de Anne Frank na versão ilustrada. A escola afirma que o livro não foi aprovado para leitura em aula mas, de acordo com o canal KFDM, a publicação consta na lista de leitura enviada aos pais no início do ano letivo. Uma investigação policial foi aberta para averiguar a veracidade dos factos.
O “Diário de Anne Frank”, publicado em 1947, foi alterado pelo pai da autora antes da publicação retirando passagens que considerava demasiado íntimas, incluindo algumas de cariz sexual. Uns anos depois voltou atrás na decisão e percebeu a importância dessas passagens para os jovens da mesma idade, mas desde então o livro é considerado “demasiado gráfico” para constar nos planos de leitura das escolas.
Mike Canizales, porta-voz da Hamshire-Fannett Independent School District, afirmou em email, citado pelo jornal Observador, que os alunos do oitavo ano “estavam a ler um conteúdo que não era apropriado”, acrescentando ainda que “a professora vai pedir desculpa aos pais e aos alunos” tal como já teria feito à direção da escola.
As passagens referidas como “explícitas” pertencem à passagem do dia 24 de março de 1944 onde Anne fala sobre o seu espanto com a nudez do corpo feminino e conta a história de quando pediu a uma amiga para lhe mostrar o peito.