Vitorina Silva, mãe de gémeas siamesas unidas pela bacia, saiu de Angola e há um ano que vive em Portugal à espera de uma cirurgia de separação das filhas. A cirurgia precisou de oito meses de preparação e 40 profissionais e é a primeira a ser realizada em Portugal nos últimos 24 anos.
As gémeas nascerem com um dos tipos de siamesas mais raras do mundo, representando apenas 7% dos casos, e vieram ser operadas a Lisboa ao abrigo de um acordo entre os Ministérios da Saúde português e angolano.
As gémeas não partilhavam órgãos vitais, mas o problema era a partilha do intestino grosso. Durante a operação os médicos tomaram a decisão: uma das gémeas ficou com o intestino e a outra deverá viver para o resto da vida com um saco de ileostomia, que recolhe fezes. Também o fígado, que partilhavam, foi dividido em dois.