Os resultados do estudo “Quem paga a raspadinha?” do Conselho Económico e Social (CES) realizado em conjunto com a Universidade do Minho são divulgados hoje e cerca de 100 mil portugueses apresentam sintomas de vício do jogo. O perfil do consumidor frequente tem mais de 50 anos, o nível de ensino básico ou secundário e rendimentos abaixo do ordenado mínimo.
O estudo contou com cerca de 2500 entrevistados, todos com 18 ou mais anos, e revelou que cerca de 3% dos adultos portugueses estão em risco de desenvolver problemas com o jogo, sendo que 100 mil já apresentam sintomas relacionadas com o vício como ansiedade, stress e depressão.
O estudo concluiu ainda que o vício das raspadinhas afeta mais mulheres que homens e o risco aumenta com a idade. Para além disso, pessoas com menos estudos e menos rendimentos são as mais afetadas uma vez que é um jogo barato, de fácil acesso e de resultados imediatos, e ainda se caracteriza por intensificar outros vícios como o tabaco e o álcool.