Um jornalista do jornal Expresso alega ter sido agredido por elementos do Chega na noite desta terça-feira quando realizava uma reportagem durante um evento onde participou o presidente do partido, André Ventura.
O evento chamava-se “Conversas Parlamentares” e foi organizado pela Associação Académica do Instituto de Estudos Políticos e pela Associação Académica de Direito, da Universidade Católica Portuguesa. Segundo o Expresso, o jornalista alega que a entrada na sala “foi autorizada por duas jovens junto à porta principal do auditório e era do conhecimento prévio da assessoria de imprensa do Chega”.
O jornalista afirma que conseguiu assistir aos primeiros dez minutos da intervenção de André Ventura, sendo depois abordado por jovens dizendo-lhe que não podia estar no auditório. De acordo com o relato do jornal, “dois dos jovens prenderam os seus movimentos, agarrando-o pelos pés e pelos braços, forçando a sua saída do evento”.
A Universidade Católica, onde se realizou o evento, afirma repudiar qualquer tentativa de intimidação de jornalistas ou limites ao direito à informação.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Luís Filipe Simões, exige o apuramento de responsabilidades e sublinha que a agressão a jornalistas é um crime público desde 2018.