O Vaticano publicou um texto assinado pelo Papa e pelo seu prefeito para responder a perguntas sobre a participação em batismos e casamentos de pessoas transexuais e homossexuais. O documento esclarece que as pessoas transexuais podem ser batizadas “como os demais fiéis” e servir como padrinho ou madrinha, mas “com condições”.
O documento começa por esclarecer que “um transexual, que também tenha sido submetido a tratamento hormonal ou cirurgia de redesignação sexual, pode receber o batismo nas mesmas condições que o resto dos fiéis” desde que “não existam situações em que haja risco de gerar escândalo público ou desorientar os fiéis”.
Em segundo ponto, o texto denota que “sob certas condições, o papel de padrinho ou madrinha poderá ser aceite para um transexual adulto que também tenha sido submetido a tratamento hormonal ou cirurgia de redesignação sexual”. “Mas, como não constitui um direito, a prudência pastoral exige que não seja permitido quando há perigo de escândalo, de legitimação indevida ou de desorientação no âmbito educativo da comunidade eclesial”, acrescenta ainda.
Referente ao batismo de crianças nascidas no seio de um casal homossexual e por métodos não tradicionais, o documento esclarece que “para que uma criança seja batizada deve haver uma esperança fundada de que será educada na religião católica”.
O texto termina afirmando que “em qualquer caso, a devida prudência pastoral exige que cada situação seja considerada sabiamente para proteger o sacramento do batismo e sobretudo a sua receção”.
O Dicastério para a Doutrina da Fé foi publicado a 31 de outubro após questões levantadas pelo bispo de Santo Amaro, José Negri.