O serviço europeu Copernicus anunciou esta quarta-feira na COP 28 que 2023 é o ano mais quente da história após novembro se tornar o sexto mês consecutivo a bater recordes de temperatura. Este novembro foi 0,32ºC mais quente que o recorde de novembro de 2020 e este outono foi o mais quente de sempre, com 0,88ºC acima das médias.
Desde janeiro deste ano que as temperaturas médias registadas têm sido as mais quentes alguma vez medidas nos primeiros 11 meses do ano e “enquanto as concentrações de gases com efeito de estufa continuarem a aumentar, não devemos esperar resultados diferentes dos observados este ano”, explicou Carlo Buontempo, diretor da C3S.
O fenómeno climático cíclico El Niño tem potenciado o aumento das temperaturas este ano e continuará a afetar, uma vez que ainda não atingiu o seu pico.
A temperatura à superfície dos oceanos foi também a mais quente para esta época do ano, a extensão dos blocos de gelo no Ártico e na Antártida registaram alguns dos níveis mais baixos de sempre e a seca prolongou-se até ao mês passado em várias regiões dos Estados Unidos, da Ásia Central e Oriental e em especial na América do Sul.