Um trabalho publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, chamado “Como comemos o que comemos: Um retrato do consumo de refeições em Portugal” revelou que quase metade do tempo de lazer diário dos portugueses é passado a comer, sendo que dois terços das refeições ingeridas são de confeção não-doméstica.
A população portuguesa, nomeadamente as classes mais jovens escolhe comer fora uma vez que o entretenimento e a socialização são prioridade, em detrimento da qualidade da comida. A equipa de investigadores destacou também que metade da população dedica pelo menos uma hora a cozinhar, sendo que duas em cada dez pessoas não cozinham.
O estudo concluiu ainda que as pessoas com uma alimentação baseada em produtos de confeção não-doméstica estão associadas a um estilo de vida mais sedentário e, para “além disso, afasta os portugueses de uma dieta mediterrânica, que é considerada mais saudável”, segundo diz o estudo.
A análise ao consumo dos portugueses e os seus hábitos alimentares foi feita com base em dados estatísticos já existentes em conjunto com informação recolhida para o próprio estudo num inquérito realizado em 2021.