A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) concluiu que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, as mulheres representavam mais de metade dos desempregados em Portugal.
A CGTP assinala esta semana como a semana da igualdade e alertou para o aumento de 11 mil mulheres desempregadas de 2022 para 2023. No estudo realizado pela Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da confederação, lê-se que “a vida das mulheres trabalhadoras piorou no último ano. Há mais desemprego, mais precariedade, mais pobreza e exclusão social, menos proteção no desemprego, continuando os salários a perder poder de compra”.
Os dados do INE concluem que no ano passado haviam 183 mil mulheres desempregadas, representando 53% desempregados no país. A taxa de desemprego aumentou para 6,5%, mas é mais alta entre as mulheres, 6,9%, e particularmente elevada entre jovens com menos de 25 anos, 19,8%.
Uma das principais causas do desemprego entre as mulheres é a precariedade laboral, especialmente entre trabalhadoras mais jovens, representando 46% das causas de desemprego, e é também responsável pelos baixos salários.
Ainda a perda do poder de compra em 2,2% entre 2021 e 2023 contribui para a precariedade no geral, uma vez que os salários não acompanharam o aumento dos preços.